Projetos diversos de design gráfico

Em 2007 design de produto era entendido como projeto de produtos físicos: móveis, eletrodomésticos, ferramentas… E era a área que mais me encantava porque eu gostava de criar com propósito, resolvendo problemas complexos, lidando com restrições de processos industriais… E o design gráfico sempre me pareceu mais perto da arte, portanto, menos instigante. As peças gráficas me pareciam feitas com mais foco em estética e inovação visual do que em resolver problemas complexos.

Mas eu me formei em design gráfico E de produto, para a minha sorte. Porque a tristeza é que o design de produtos (na concepção dos anos 2000) é extremamente limitado no Brasil, e mais ainda naquela época. Fabricar no Brasil costuma ser muito caro e os riscos de inovar são muito altos. Com isso, poucas empresas se dispõem a isso, o que restringe o mercado e limita os salários dos profissionais dessa área.

Assim, eu acabei tendo que me aventurar no design gráfico, o que acabou sendo muito importante porque eu pude aprender mais sobre a área e até gostar dela. E foi a partir do design gráfico que eu cheguei no campo digital.

Mas o que sempre caracterizou o meu trabalho como designer gráfico foram o minimalismo e o funcionalismo, buscando uma estética clean e atemporal, focada em maximizar a comunicação.

Trabalhando nessa área eu descobri que o design gráfico não é só estética, mas também demanda pensar a forma certa de comunicar ideias, criando emoções e conexão, entendendo o perfil do receptor da mensagem para fazer peças que possam ser mais facilmente entendidas pelo público alvo e que chamem sua atenção.

Tanto nos 9 anos que passei liderando o design do Centro de Produção da Uerj ou nos 16 anos como freelancer, foi a abordagem que sempre procurei usar.

Nas fotos a seguir, as exposições foram feitas trabalhando com a designer Claudia Zarvos; o projeto do barco foi feito em conjunto com as designers Carolina Müller e Caroline Senra.